[História do Rock #7] Kings of Leon


Nem só de passado vive o rock e nem sempre os membros de uma banda são desconhecidos que se encontram pelo puro acaso para começarem a tocar juntos em uma banda e nem sempre esses jovens foram crianças e adolescentes rebeldes sem limites. Enfim, eu não sei bem o ponto que eu quero chegar com tudo isso (talvez seja a falta de criatividade para começar o texto) então vamos parar de enrolar e começar o nosso sétimo História do Rock, que hoje traz a banda com o lema “Família, fé e rock n' roll”, a história da banda Kings of Leon.

A “iniciação” musical dos integrantes da banda acontece ainda quando eles não passavam de crianças e de uma forma um tanto diferente. Os irmãos Caleb, Jared e Nathan junto com o primo Matthew viajavam com o pai que era uma espécie de “Pastor Itinerante” que viajava pelos EUA pregando a palavra do Senhor. As crianças/adolescentes viajavam junto por fazerem parte da “banda” da igreja (você pode falar o que quiser das igrejas mas que sempre saem bons músicos dela isso é verdade kkk). Devido a isso também as crianças acabavam sendo educadas dentro de “casa” pela mãe e tinham uma disciplina muito rígida.

Fato interessante: Talvez vocês já tenham notado (caso já tenham ouvido) que a música gospel nos EUA tem grande influência da música country em suas composições e essa influência acabou refletindo na sonoridade da banda (vejam que eu disse influência e não que eles eram uma banda country no início da carreira, como já vi por ai).

Em 1998 os rapazes vão para Nashville com o pai depois que ele se separa da mãe dos garotos e lá Caleb começa a fazer algumas pequenas apresentações em rodeios até que seu irmão Jared tem a ideia de se juntarem para formarem uma banda.

A banda é formada em 2000 quando os três irmãos Caleb (vocal e guitarra base), Jared (baixo) e Nathan (bateria) se reúnem novamente com o primo Matthew (guitarra solo) para formar a banda que ficaria conhecida como “Kings of Leon” (o nome era uma homenagem dos garotos ao seu avô que se chamava Leon Followill).

A banda começa a fazer pequenas apresentações e começa a ganhar certa notoriedade (todo aquele processo que  acontece com todas as bandas) até serem “descobertos” pelo produtor Angelo Petraglia que ofereceu um contrato de gravação pela RCA (Petraglia mais tarde seria de grande ajuda para os garotos ajudando em composições futuras, suas imagens, e todas aquelas coisas).

Em 2003 a banda lança seu EP de estreia intitulado “Holy Roller Novocaine”, tinha cinco faixas que seriam re-lançadas ainda naquele ano no primeiro álbum da banda. O EP fez certo sucesso que acabou dando confiança para a gravadora e para a banda investirem no álbum de estreia.

Ainda em 2003 a banda lançou “Youth and Young Manhood” teve uma ótima repercussão para um álbum de estreia de uma banda de rock em pleno século XXI (onde o que impera são as músicas pop e eletrônica), sendo inclusive eleito pela NME como um dos melhores álbum de estreia dos últimos 10 anos e pela revista Rolling Stones como um dos melhores de 2003. O álbum trazia músicas como “Molly's Chambers”, “Wasted Time” e "Red Morning Light" com uma “pegada” de rock, meio punk junto com aquelas influências country já mencionadas (e é por isso que eu considero o melhor álbum da banda não importa o que os outros digam).

A banda embalada pelo relativo sucesso do primeiro álbum começa a escrever as músicas do próximo álbum e fazer alguns shows de divulgação até que em 2004 a banda volta a estúdio para gravar seu segundo álbum.

No final daquele mesmo ano a banda lança o álbum “Aha Shake Heartbreak” na Inglaterra (país onde a banda fazia/faz maior sucesso) e no início de 2005 nos EUA e logo depois no resto do mundo. Com o single “The Bucket” o álbum veio para firmar de vez o sucesso da banda vendendo logo de cara meio milhão de cópias na Inglaterra.

Com o aumento do sucesso a banda começa a abrir shows para banda como U2, The Strokes, Pearl Jam e Bob Dylan além de serem mencionados por Chrissie Hynde (vocalista da banda The Pretenders) como uma de suas bandas favoritas.

Em 2007 a banda volta para o estúdio para gravar o seu terceiro álbum. “Because of the Times” acabou se mostrando um álbum com muita criatividade por parte da banda que conta com diversos genêros musicais durante todo o álbum como o reggae na música “Ragoo”, “Charmer” que trazia vocais mais “gritados” de Caleb, “Fans” que era algo mais dançante e “Arizona” com influência na música Soul.

Para os críticos esse foi o melhor álbum da banda até hoje (discordo como já afirmei ali em cima o
melhor álbum é o primeiro, mas cada um cada um né), sendo o primeiro a ter certo reconhecimento nos EUA chegando a 25º nas paradas do país do Tio Sam e para variar ficando em primeiro na terra da Rainha.

Fato interessante: O nome do álbum é bastante criativo, sendo que Because of the Times era o nome de uma reunião de bispos e pastores protestantes onde ocorrem diversos eventos relacionados à igreja e os garotos sempre iam junto com o pai pastor.

A banda incansável como sempre faz sua excursão e já logo em seguida volta para o estúdio para gravar o álbum que seria o mais bem sucedido comercialmente da banda.

“Only by the Night” trazia duas músicas que seriam tocadas incessantemente em todos os lugares (é um jeito bonitinho pra dizer que elas tocaram até encher o saco kk) “Use Somebody” e “Sex on Fire”, sendo que “Use Somebody” foi o primeiro single da banda a chegar no Top 10 americano, ganhando o Grammy de “Melhor performance de rock” e “Melhor canção de rock” ,e a música “Sex on Fire” ficou em primeiro lugar na Inglaterra (para variar né). Além disso o álbum ficou em primeiro lugar nas paradas de diversos países e foi eleitos por diversas revistas e sites “especializados” como o melhor álbum do ano de 2008.

A banda então sairia para uma longa turnê de divulgação passando por diversos países da América e Europa só voltando para o estúdio em 2010.

O álbum “Come Around Sundown” teve talvez a melhor estreia de um álbum da banda, estreando logoNirvana (não acho que o som ficou parecido com o grunge, mas o álbum ficou bom).
de cara em segundo lugar na Billboard 200 com quase 200 mil cópias vendidas na primeira semana. Depois do lançamento do álbum a banda disponibilizou as músicas em seu site (não de graça obviamente). O vocalista da banda, Caleb, afirmou também em uma entrevista que o som da banda seria mais grunge no álbum, já que as principais inspirações para o álbum foram banda como Pearl Jam e

Em 2011 a banda lançou uma espécie de documentário mostrando bastidores de shows e contando inclusive com gravações de vídeo caseiras de quando os membros da banda eram crianças, sendo que muitas partes foram cortadas por pedido de Caleb que não queria que muitas das cenas que haviam sido escolhidas fossem mostradas (com certeza acharam aquelas filmagens de quando ele era criança e a mãe ficava filmando ele pelado pela casa kkkkk).

Em 2013, depois de quase três anos apenas de turnê a banda lançou um trabalho inédito. Intitulado "Mechanical Bull" o álbum foi muito bem recebido pela crítica e fãs, ficando em 2º lugar na Billboard 200 e em 1º no Reino Unido (como era de se esperar). As músicas "Supersoaker" e "Wait for Me" foram lançadas como singles e são com certeza os principais destaques do álbum.

Atualmente a banda continua com seus shows aumentando o número de fãs ao redor do mundo com sua criatividade agradando a gregos e troianos (tanto quem gosta de rock, country, algo mais romântico, músicas agitadas ou mais lentas) sendo um grande influência para novas bandas que vão se formando e uma das bandas mais novas que tem a responsabilidade de continuar com o nome do rock por mais 30 ou 40 anos (talvez mais quem sabe) e fazendo música de qualidade como sempre fizeram.

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