[História do Rock #14] Foo Fighters


Sim sim sim amiguinhos internautas outra semana outro post com outra banda e outro primeiro parágrafo ruim (oh yeah!). Hoje temos a banda de um dos caras mais carismáticos do mundo do rock, a banda que já foi a banda de um homem só e que tem os clipes mais hilários da história. Hoje temos no História do Rock a honra de falar sobre Foo Fighters.

Acho que devo começar a história da banda pelo começo (aaa vá) mas que na verdade é o final de outra banda. Como muitos já sabem (e outros não) Dave Grohl foi o baterista da banda grunge Nirvana (não se preocupem, a banda está na lista para futuras postagens) tocando na banda por quatro anos até a morte de Kurt Cobain e final da banda em 1994 e depois do fim da banda chegou a cogitar largar a música (segundo Dave ele se encontrava "perdido e sem rumo" naquele momento). Essa situação durou até o ano seguinte quando Dave se animou e decidiu tentar gravar algumas canções suas que ele havia composto.

Ele já tinha diversas músicas na época e compôs outras ainda e terminado esse processo foi para um estúdio independente para gravar suas músicas. Mas e quem eram os músicos que tocavam com o "baterista do Nirvana?", você me pergunta, e eu respondo "Ninguém". Isso mesmo, Dave Grohl gravou todas as músicas do primeiro álbum de sua banda (até então sem nome) sozinho (a não ser pela música "X-Static" que contou com a participação especial do guitarrista Greg Dulli da banda Afghan Whigs), gravando primeiro as faixas da bateria, depois os riffs e base das guitarra e baixo e finalmente os vocais, e a maioria com apenas uma tentativa, ou seja, sem precisar ficar repetindo várias vezes a mesma coisa até acertar (como muitos por ai).

Fato interessante: Dave não se "identificou" para o público e deu o nome da banda de Foo Fighters para sua "banda" porque não queria que as pessoas conhecessem seu novo projeto como "a banda do cara do Nirvana".

Grohl gravou as músicas em uma fita demo e começou a distribui-la para seus amigos e conhecidos, até que a fita chegou nas mãos do presidente da Capitol Records (que já conhecia Grohl do seu tempo de Nirvana) e que decidiu assinar com sua "banda" e transformou a fita demo no primeiro álbum da banda, intitulado "Foo Fighters" (o cara tem a criatividade para compôr 12 músicas inteiras sozinho e gravá-las mas não tem a droga de um nome criativo para o álbum?).

Lançado em 1995 o álbum tinha canções como "This Is a Call", "I'll Stick Around" e "Big Me" e fez um sucesso considerável para um álbum de estréia para uma banda de alguém "desconhecido" (quando digo desconhecido é porque até então ele era só o cara do Nirvana), vendendo cerca de um milhão e meio de cópias e ganhando o prêmio da MTV pelo clip de "Big Me".

Mas Grohl agora precisava montar uma banda de verdade já que precisava fazer seus shows de divulgação. Dois membros já eram companheiros em uma banda em Seattle que tinha acabado de se desmanchar (Sunny Day Real State), sendo eles o baixista Nate Mendel e o baterista William Goldsmith e para a guitarra chamou Pat Smear (que havia tocado guitarra junto com o Nirvana como apoio na turnê do álbum "In Utero").

A banda ficou em uma turnê passando por clubes e espaços um poucos maiores até 1996 quando a banda tirou férias por algum tempo e ainda em 1996 já voltaram para o estúdio para começar a gravar seu segundo álbum. Em quatro semanas a banda compôs as novas 13 músicas e começaram as gravações do novo álbum.

Durante as gravações o novo produtor acabou sendo bastante perfeccionista (um pé no saco) fazendo cada um dos membros repetir até trinta vezes a gravação de uma música até conseguir extrair o melhor para cada faixa, o que fez com que o álbum demorasse alguns meses a mais do que o esperado e que William Goldsmith se demitisse da banda (dizem as más línguas que as faixas gravadas por Goldsmith não agradavam muito Dave que acabava por regravá-las o que não ajudou muito no relacionamento dos dois levando o baterista da banda a se demitir).

O resultado de tanta insistência foi o álbum "The Colour and The Shape" que foi lançado em 1997 e tinha músicas como "Monkeywrench" (que teve o clip dirigido pelo próprio Dave Grohl), "Everlong" e "My Hero". O álbum acaba fazendo mais sucesso do que o álbum anterior (algo que era esperado já) e aumenta ainda mais a popularidade da banda.

Mas para fazer os shows a banda ainda não tinha baterista e Dave começou a buscar o seu novo rapaz das baquetas, ligando para alguns amigos até perguntar para Taylor Hawkins se ele conhecia algum baterista disponível (Taylor não foi convidado inicialmente porque era o baterista da turnê de Alanis Morrisette). O prestativo Taylor se oferecer para tocar com a banda, Dave aceitou e Alanis Morrisette que se vire para achar outro baterista (viva o rock!).

Durante um dos shows da turnê da banda Pat Smear anunciou sua saída da banda e apresentou o novo guitarrista da banda, Franz Stahl que já havia tocado com Dave Grohl em uma banda anterior ao Nirvana (Scream).

Franz não fica muito tempo na banda e já em 1999 anuncia sua saída da banda por divergências musicais (eu hein) e a banda decide deixar a gravadora (eu hein! de novo).

A banda agora se reúne no estúdio no porão da casa de Dave Grohl e lá compõe as novas músicas para o álbum vindouro.

A banda grava o álbum como um trio e o resultado da tranquilidade da banda (sem pressões externas) os rapazes assinam com a gravadora RCA e lança o álbum "There Is Nothing Left to Loose" em 1999 que tinha hits como "Learn to Fly", "Breakout", "Generation" e "Next Year", ganhando inclusive o prêmio de melhor álbum do ano no Grammy.

Para sua nova turnê a abnda recruta o guitarrista Chris Shiflett e continua aumentando seus fãs e gravando cada vez mais o nome da banda na história do rock.

A banda acaba dando uma parada, já que Dave Grohl estava gravando com a banda Queens Of Stone Age, gravando a parte da bateria para o terceiro álbum da banda lançado em 2002 (e que é considerado um dos melhores álbuns da banda também).

A banda acabou voltando (com o espírito renovado e tranquilos) a banda volta para o "porão" da casa de Dave Grohl e termina as gravações em duas semanas (isso sim é inspiração).

Lançado em 2002 o álbum "One By One" tinha músicas como "All My Life" (eu ainda me lembro que foi a primeira música do Foo Fighters que eu ouvi e que eu assistia o clip todo dia as 18:30 no canal 17 na TV, não lembro o canal, mas os clips eram sempre os mesmos e o canal saiu do ar em um mês kkkkk), "Tired of You" (com a "humilde" participação de Brian May do Queen na guitarra) e "Times Like These". O álbum novamente ganhou o Grammy de melhor álbum de rock do ano.

Agora vamos ao nosso "Momento Birra". Até 2004 a banda preferia "não se envolvia com política" publicamente mas quando a George W. Bush usou a música "Times Like These" em sua campanha política para concorrer a presidência, sem permissão da banda, a banda começou a apoiar publicamente a campanha do concorrente de Bush, John Kerry (pena que não ganhou hehe).

O novo álbum da banda veio em 2005, intitulado "In Your Honor" foi gravado em dois CD's (conhecido também como álbum duplo né), tendo o primeiro CD com as músicas gravadas "normalmente" e o segundo CD com músicas acústicas. A ideia de um álbum duplo veio por que Grohl escreveu tantas músicas para uma possível trilha sonora (que não foi usada) que viu que poderia ser um álbum, mas como eram acústicas e o rockeiro não queria perder o peso tradicional das músicas da banda decidiu lançar dois álbuns mostrando os "dois lados da banda". Os principais destaques do álbum ficaram por conta de "Best of You", "DOA", e "No Way Back".

A banda excursiona na divulgação do álbum até 2006 quando começa a fazer uma "turnê acústica" com públicos menores e etc.. Essa turnê "diferente" rende um novo álbum para a banda "Skin and Bones" que tem 15 músicas gravadas em três concertos diferentes da banda e trouxe de volta Pat Smear para tocar violão nos shows.

"Echoes, Silence, Patience and Grace" a banda lançou a melhor músicas deles (na minha opinião) "The Pretender" (que é muito porreta), além de "Long Road to Ruin" e "Let it Die". O álbum lançado em 2007 ficou em primeiro lugar em diversas paradas no mundo todo e foi um grande sucesso de vendas.

Em 2008 um dos shows mais "daoras" (não posso usar outra palavra que geralmente uso) que eu já vi e ouvi foi feito pela banda em Wembley, Inglaterra (esse estádio é mágico gente), tendo os maiores sucessos da banda, além de um incrível solo de triângulo (hehehe esse eu tive que parar para ver e quem quiser conferir o solo digite no Youtube "Foo Fighters Live At Wembley 2008" o solo está em 1:07:26) além da simples participação dos mestres Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin) e John Paul Jones (baixista/tecladista do Led Zeppelin) tocando um dos maiores sucessos do Led Zeppelin "Rock n' Roll" para o delírio da nação em geral e com Dave na bateria e Taylor Hawkins no vocal (não é por nada não mas o Taylor tava cantando melhor que o Dave hehehe), além de "Ramble On" com Dave de volta aos vocais e Taylor na bateria.

2009 e já estava na hora de sair mais um álbum. A banda então decide lançar um álbum com sua coletânea, sim o "Greatest Hits" que praticamente toda banda tem, trazendo duas canções inéditas: "Wheels" e "Word Forward", além de uma versão acústica de "Everlong".

A banda ficou até 2011 "na moita" e então começaram as gravações para o mais que esperado novo álbum da banda, que trazia a volta definitiva de Pat Smear para a banda. "Wasting Light" foi gravado na garagem de outra casa de Grohl (todo mundo tem duas casas com um estúdio em cada hehe). O álbum foi o primeiro da banda a ficar em primeiro lugar na Billboard 200 com vendas de 235 mil cópias na primeira semana (finalmente) e com músicas como "These Days", "Walk", "Arlandria" e "Rope", além de quebrar as 11 semanas do topo de Adele no Reino Unido (Rock Rules). O álbum foi mais do que um sucesso tanto em crítica como em público (acho que é meio desnecessário dizer isso agora) e também foi acompanhado do lançamento de um documentário sobre a banda.

Depois do lançamento do último álbum a banda começou sua turnê e no fim de 2012 anunciou que tirariam férias, mas atualmente parece que Grohl e cia. já estão em processo de composição e gravação de algumas faixas para o que seria o novo álbum da banda (pela velocidade desses cara é perigoso sair amanhã, o que eu torço para que aconteça).

Bom amiguinhos essa é a história do Foo Fighters, que como eu disse tem o cara mais carismático do mundo do rock (na minha opinião, como sempre), além de ter um som muito criativo e que consegue agradar todos os gostos dos rockeiros por ai.

Essa semana vamos ficando por aqui e lembrando que dúvidas, sugestões, reclamações, etc, etc, etc são sempre bem vindos.
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