[Filme] Fahrenheit 451 (1966)


Fahrenheit 451 é um filme que assustaria qualquer amante de livros. Ele conta a história de um futuro imaginário onde os livros são bens proibidos. Pois é, assusta e muito!


Baseado no livro homônimo de Ray Bradbury, o filme mostra uma sociedade futurista onde o livro, aquele simples objeto que descansa tranquilo e indefeso na sua cabeceira, é considerado uma ameaça pelo sistema. Tamanha ameaça que os que os possuem, se pegos, são mortos ali, a luz do dia, sendo o evento transmitido em rede nacional.

No filme, Guy Montag é um bombeiro, mas os bombeiros não são como os que conhecemos, as casas têm proteção contra fogo, bombeiros não mais necessitam combater as chamas, agora eles queimam, queimam livros. E é daí que vêm o nome do filme, a temperatura exata onde o papel entra em combustão, 451 graus fahrenheit. Montag é casado e sua esposa, Linda Montag (Julie Christie ), assim como a maioria dos habitantes da cidade, vive num constante transe transmitido via programas de TV, em paredes que são convertidas em telas.

Montag conhece uma professora, Clarisse (Também interpretada por Julie Christie), que faz perguntas desconfortáveis ao bombeiro, como: "Você já leu um dos livros antes de queimá-lo?", intrigado, Montag rouba, um dia, um dos livros. Se apaixona pela leitura e por Clarisse, e o furto de livros confiscados se torna rotina. Clarisse, que também possuía livros, é descoberta e some.

Linda descobre a paixão ilícita do marido (pelos livros, não por Clarisse) e não se conforma. Após Montag sofrer um surto ao ver Linda e suas amigas assistindo á TV-parede, e ler para elas um trecho de um de seus livros, deixando-as cheias de ira, e "sentimentos ruins", Linda decide que não aguenta mais, deixa o marido e sai de casa.

Mais tarde Linda denuncia Montag aos bombeiros, seu chefe faz questão de levá-lo junto, para queimar seus próprios livros. Em casa, Montag não acredita que o descobriram, revela o esconderijo de seus livros, estes são empilhados no meio da casa. O chefe entrega a Montag o lança-chamas, ele deveria queimar seus próprios livros. Montag ateia fogo a cama, onde dormiu anos com Linda, ateia fogo a casa, aos livros, e finalmente, ao chefe.

Foragido, o ex-bombeiro amante de livos segue o curso do rio, para um lugar onde Clarisse o dissera que poderia viver com os livros. Encontra então uma espécie de vilarejo, onde cada um dos habitantes trocou o seu nome, sua identidade, pela de um livro, e passam a vida recitando este livro, uns aos outros. Assim não infringiam a lei e poderiam usufruir do conhecimento.

Montag começa a decorar seu livro, reencontra Clarisse, que já decorou o seu, e passa a viver na vila, junto com as pessoas-livro.

O filme termina com um velho livro, recitando-se para um menino, enquanto neva, á beira do lago. O velho morre logo após recitar sua última frase ao garoto. Este tenta repetir a frase, sem distorções, para garantir que a havia decorado, consegue e com o velho livro já morto, se torna o portador do título.

E assim vivem as pessoas-livro, se recitado uns para os outros, ou mesmo para o vento, esperando o dia em que os livros sejam novamente permitidos, esperando o dia em que se tornarão, novamente, papel.

Atualizado em 27/10/2013
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